somos Belenenses

somos Belenenses

quinta-feira, maio 17, 2007

O QUE A IMPRENSA ESCREVE

JORNAL RECORD:

Paulo Bento e Jorge Jesus vão ser rivais em dois domingos seguidos e ambos têm o mesmo pensamento: mostrarem um grande sentido proibido ao caminho das derrotas. Não só no jogo da Liga, acima de tudo para o Sporting – ainda com o título na perspectiva – mas, sobretudo, naquele que se realiza uma semana depois no Jamor.
E foi no palco onde se vai realizar aquela que é a festa do futebol que os dois treinadores se encontraram ontem à tarde, numa acção promovida pela FPF.
Evidenciando boa disposição, Bento e Jesus estiveram juntos cerca de 30 minutos e, no relvado do Jamor, tiraram fotos equipados a rigor. O técnico leonino vestiu a camisola do Sporting e o belenense trajou com a o emblema da Cruz de Cristo ao peito.
Curioso neste final de tarde foi o tempo que Paulo Bento esteve à espera de Jesus. O encontro estava marcado para as 19:30 e se o treinador dos leões chegou com 40 minutos de avanço, já o homólogo do Restelo, acompanhado por Tuck, deu entrada no Jamor quando faltavam 15 minutos para as 20 horas.
Fora dos relvados, Jesus perdeu o primeiro embate, ainda que o facto de ter tido treino à tarde em Almada tenha justificado um atraso, que, mesmo assim, não beliscou o bom ambiente entre ambos.

Sandro Gaúcho ainda se treina limitado, sofrendo de mialgia, mas deve recuperar a tempo de ser utilizado no domingo, em Alvalade. Totalmente apto está Ruben Amorim, pronto para “ganhar” ritmo no último jogo da Liga e ficar às ordens de Jesus para a final da Taça.
A equipa preparou-se em Almada, longe do reboliço do Restelo, onde começaram a ser vendidos os bilhetes para o Jamor. No final da sessão, o treinador dos azuis rumou ao Estádio Nacional, para, juntamente com Paulo Bento, participar numa acção de promoção da FPF, tendo em vista a final.
De baixa encontra-se Mancuso, que foi operado a uma tendinite. Recebeu alta ontem de manhã. Todo o restante plantel está às ordens de Jorge Jesus, embora, como se sabe, Nivaldo e Amaral cumpram um jogo de castigo frente aos leões.
Até domingo a preparação deve continuar a decorrer à porta fechada, como é hábito. Hoje, a sessão é à tarde e em princípio no Restelo.


JORNAL A BOLA:

Em grande destaque na frente de ataque do Belenenses, Dady garante que no Restelo se trabalha com o objectivo de somar os três pontos no jogo com o Sporting, em Alvalade, relativo à última jornada da Liga. Partida que, de resto, antecederá a final da Taça entre as duas equipas.
«Vamos defrontar o Sporting em dois jogos consecutivos. As duas equipas vão-se estudar ao máximo para tentar aproveitar os erros do adversário. Entramos em campo sempre com o objectivo de vencer e é com esse pensamento que trabalhamos durante a semana», afiançou o avançado à TSF.
Cobiçado pelo Bétis, de Espanha, Dady esclarece que tudo o que sabe é o que lê na imprensa. «Vou continuar no Belenenses. O que se tem dito é especulação, não recebi qualquer proposta concreta. Tenho contrato e penso cumpri-lo», afirmou, assumindo que encararia com bons olhos o salto para a Liga de nuestros hermanos: «Todos os jogadores gostariam de jogar no campeonato espanhol e eu não fujo à regra».


JORNAL O JOGO:

Veio para Portugal numa época em que a limitação de jogadores extracomunitários desaconselhava a contratação de guarda-redes, mas foi excepção. Veio em busca de um sonho. Não o de se tornar num profissional de futebol. Já o era. Em suma, pretendia uma vida melhor. Com 26 anos, Marco Aurélio abraçou o desafio de terras do Vale do Ave. Marlon Brandão, que conheceu, no Bessa e em Alvalade, tardes de glória, recomendou-lhe a vinda.
O pacato "Imperador" – alcunha que foi conquistando à medida que ia defendendo a sua dama, que não desdenha com a sobranceria remanescente de qualquer soberania outrora dominada – fez-se ao mundo de oportunidades.
A filha ainda figurava no ventre da sua amada, mas não hesitou. Destemido, na vida e nas balizas, encontrou, em Vila do Conde, um porto de abrigo. Abrigo ao qual se foi adaptando. Os Invernos, esses, bem diferentes do Nordeste brasileiro.
Fez-se valer do profissionalismo, que sempre o acompanhou, para singrar. No total, são dez épocas em terras lusas – e um recorde de 194 jogos seguidos como titular. É obra!
Marco Aurélio, esse, viu e viveu, no passado sábado, o reconhecimento de uma vida.
O calor do público belenense premiou o que sempre foi, dentro e fora das quatro linhas: frontal, humilde e amigo do seu amigo, o guardião revela-se, extrafutebol, uma pessoa dedicada à família. Os passeios pela praia, os amigos e a religião são o seu quotidiano. É no espírito evangélico que encontra a paz de espírito que deseja. Também aí é o que sempre foi com a cruz de Cristo ao peito. É líder da comunidade de jogadores de Lisboa. A forma coerente como tem conduzido a sua carreira encontrou, no recato, um aliado de peso que lhe permite, actualmente, olhar para o futuro com a ambição dos dez anos passados. 41 anos são meta a alcançar. Não será, certamente, o principio do fim, mas sim um início de novas conquistas…